domingo, 9 de outubro de 2011

Parte I



                                                                            Parte II

Projeto a que o Blog se refere

O blog terá como objetivo favorecer um espaço de discussões relacionadas aos diversos temas sobre educação, tendo sempre a contribuição das diversas àreas seja no campo religioso, filosófico,cultural,científico,político, social, etc. . Também buscaremos aprofundar nossas discussões teorizando e apresentando como se constrói as relações entre os diversos segmentos da sociedade e no mundo ,considerando pricipalmente a relação de poder entre esses segmentos sociais e sempre numa perspectiva de se tentar desconstruir valores impostos pelo sistema capitalista.   Além da abertura de um espaço de discussão e contribuindo na construção de saberes, tentaremos mostrar aqui inovações que surgirem e sua importância no processo ensino aprendizagem ,seja em relação a Proposta Pedagógica ,Formação de Professores, Estratégias de ação no processo, Currículo, Regimento Interno Escolar, Plano de Aula ,Plano de Gestão Democrático e Participativo,Projetos Educacionais ,Resoluções ,Construção do Projeto Político Pedagógico ,Conselhos Escolares e demais Colegiados como Meio de Efetivação da Gestão Democrática ,  Políticas Educacionais ,Estudos e reflexão sobre os diversos textos que aqui forem postados .



Sujeito Autonômo 

Freire na obra Medo e ousadia (1987, p. 62s) fala de uma necessária iluminação sobre a realidade que deve ser feita em conjunto por professor e aluno para desocultar a obscuridade da realidade. Usa, portanto, a grande metáfora do iluminismo, que inclusive deu nome ao movimento filosófico da época de Kant. Mas na afirmação de Freire fica claro que o que promove a iluminação, e também o que promove a autonomia, não é a razão com seus atributos transcendentais a priori, como em Kant, e sim a ação e reflexão dialética sobre o mundo.Um educador que trabalhe os conteúdos dentro de uma proposta de açãoe reflexão constante,ou seja, teorizar e vivenciar cada momento construido em sala de aula ou em qualquer outro lugar que possa estar acontecendo as relações entre pessoas.  Kant possui um pensamento genuinamente moderno que, como tal, está incluso no que é chamado de filosofia do sujeito, ou seja, seu princípio é a subjetividade. Vincenti (1994, p. 7) faz uma explicação etimológica da palavra sujeito. A etimologia latina sub-jectum significa estar submetido, como por exemplo, um súdito estar submetido a um monarca. Mas o significado que esse termo possui na filosofia moderna "adota o contrapé dessa significação" (idem), e em vez de uma subordinação, passividade, acentua o seu elemento ativo, a atividade de sustentação. "O sujeito torna-se, então, aquele que se sustenta ele mesmo na existência. Existir como sujeito significa, assim, que não preciso referir-me a um outro ser, a uma outra existência para definir-me, para compreender-me, para justificar o que eu sou" (ibid, p. 8). Só é verdadeiramente eu mesmo o que em mim depender de mim, só sou autônomo se me guiar por minha razão, nesse sentido, autonomia está vinculada com autenticidade. Vincenti (ibid, p. 10) propõe que é com o sujeito kantiano que a primeira real filosofia do sujeito se impõe, há o surgimento de uma responsabilidade plena e total do sujeito, não apenas em relação ao conhecimento, mas também em relação ao mundo.Defendemos que o pensamento freireano possui como pressuposto a concepção de sujeito formulado por Kant, na medida em que ambos pensam o homem como sujeito que pela sua liberdade constrói o mundo e a si. Nos textos de Freire perpassa a idéia de que a educação deve tornar o educando sujeito, assim ele será autônomo. Mas, a diferença em relação a Kant é que ele aborda o sujeito considerando seu caráter essencialmente dialógico, a intersubjetividade possui papel estruturante.
Personagens inspirado





     Platão
                                                


                                                                    Cristo Jesus
 

 
Doutrina Espírita : A negação da Filosofia Materialista.



Emanuel    -------------  Chico Xavier.




  .
Hippólyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec): O Codificador da Doutrina Espírita.Discipulo de Pestalozzi e Grande Pedagogo na França.                                                                     



                             

  Entre os pensadores marxistas, Gramsci foi talvez o que mais  se interessou pela religião, mais precisamente pelo catolicismo como uma das  ideologias mais poderosas da história mundo ocidental, assim como aquele que mais procurou entender o seu papel na cultura religiosas das massas populares. O cristianismo é visto por ele como uma
força revolucionária.




   

"O homem é o Lobo do Homem"(Thomas Hobbes)

Decroly

O Dr. Karl Marx talvez seja conhecido na América sobretudo por sua dupla qualidade de autor de O Capital e de fundador da Internacional, ou, pelo menos, como um de seus principais sustentáculos.

Nietzsche."O Evangelho Morreu Na Cruz"É apenas um equívoco do mesmo.





"O Pensador"

"Não é no silêncio que os homens se fazem ,mas na palavra ,no trabalho,na ação -reflaxão. Paulo Freire.


Greves
Não surte efeito  contra o sistema capitalista. Pelo menos para os Educadores não.Temos que criar outras estratégias contra o sistema. Qual? Buscar leituras críticas como forma de desconstruir o que está aí. Onde? Nos cursos de formação dessas universidades que se dizem ser de qualidade, ou na própria educação não formal. Tentar pelo menos envolver a sociedade ou comunidade nessas leituiras. Porque  não no ensino fundamental  ou médio .

Pra Refletir:
 Ser crítico é participar das greves? Porquê os professores críticos não fazem seus alunos  críticos e sim uma geração  de alienados?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Relatório analítico e crítico dos movimentos sociais, culturais e artístico que acontecem dentro da escola.

           Fazer um comentário analítico e crítico em relação aos movimentos sociais e artístico que acontecem dentro da unidade de ensino, consiste primeiramente em focar exatamente algumas dessas atividades, que são por sinal, contempladas em dois momentos, sendo o primeiro, no programa Mais Educação e que, embora tenha surgido na sua origem já como excludente, pelo menos os alunos que estão tendo acesso, estão apresentando resultados satisfatórios em seus desempenhos no processo ensino aprendizagem. No segundo momento consistirá exatamente em analisar os movimentos que acontecem no espaço escolar, mas que não tem um acompanhamento sistemático como no primeiro, embora tenhamos a certeza que se torna importante no processo, pois vários são nossos alunos que participam dessas atividades.  Como havíamos narrado, o programa Mais Educação possibilita que uma parte de nossos alunos, (Apenas uma parte), participe das atividades de canto, banda fanfarra, (instrumentos de percussão e sopro), teatro, flauta, letramento e hortaliças. Atualmente temos em torno de 35 alunos participando da atividade de música que permitem todos eles a aprender a tocar os instrumentos, momento em que, sentimos que há o envolvimento não somente dos próprios alunos, mas de seus responsáveis.
          Já em relação à flauta há outro grupo que está participando ativamente e que demonstram que são capazes de utilizar significativamente estes recursos musicais. Hoje, quase sempre em nossas reuniões de pais ou responsáveis estamos realizando apresentações com os referidos alunos. Outra atividade que consideramos também importante é a capoeira. Nesses momentos temos mais de 40 alunos participando e que a cada dia estão demonstrando interesse não só na atividade realizada, mas também nos fazeres em sala de aula. Nessa atividade, não só nossos alunos participam, mas também outros jovens e adolescentes da comunidade estão tendo acesso ao programa.
        Temos também um professor de artes que participa ativamente com outro determinado número de alunos e que sentimos que avanços estão ocorrendo em relação as suas aprendizagens. Infelizmente tivemos que parar temporariamente sobre as atividades de horta, pois alguns insetos comeram chegando a destruir tudo o que foi plantado. Chamamos um especialista e as providências foram tomadas.  Noventa dias foi o tempo determinado para reiniciar os trabalhos. Mesmo assim foi muito gratificante, pois nossos alunos colhiam os legumes e verduras para serem preparados em sua merenda escolar. Outra atividade que tivemos que parar em virtude da falta de luz quase que diariamente e devido à violência na comunidade foi à implantação da feirinha artesanal. Acontecia na parte da noite aos sábados. Mesmo tendo a presença da polícia ou guarda municipal ainda não acontecia com freqüência à presença desses profissionais da segurança pública.  Pais e responsáveis traziam seus produtos artesanais para o espaço da escola(Quadra Coberta) e vendiam aos presentes.  Meus amigos estudantes de curso e professores , embora as atividades do programa Mais Educação estejam trazendo mudanças de comportamentos por parte de nossos alunos ,ainda falta e muito para ser feito ,principalmente no sentido de atender e permitir que todos sem exceção possa participar desses movimentos que consideramos mais do que importante para nossa comunidade escolar.  Infelizmente temos ouvido questionamentos de professores e alunos que desejariam participar dessas atividades, mas que ainda não se tem uma estrutura satisfatória para que se possa estender a todos. Uma estratégia que estamos tentando colocar em prática é em realizar atividades de dança e folclore tendo como parceiros jovens voluntários da comunidade. Dentro dessa proposta temos cedido nossas instalações e que alguns de nossos alunos também estão participando.  Embora não possamos acompanhar sistematicamente, achamos importante, pois são vários grupos de dança e atividades esportivas. Na parte da dança temos o hip hop, forró, capoeira. Na atividade esportiva temos: Salão feminino e masculino. Há também encontros com grupos da comunidade que discutem várias temáticas, principalmente as que envolvem os problemas de seus bairros. Nessas atividades percebemos a participação de alguns pais, mas que consiste apenas numa pequenina fração. Outro aspecto que achamos importante é que, infelizmente temos discutido muito sobre o tempo pedagógico, pois inserir todas essas atividades de forma que possamos organizar e planejar dentro de uma proposta que possa favorecer o seu acontecer verdadeiramente. Infelizmente sentimos que uma das maiores dificuldades é exatamente saber organizar esse tempo. Mesmo assim estamos sentindo que avançamos e muito e dentro dessa avaliação estamos notando uma maior presença dos pais /ou seus responsáveis em nossa escola. Percebemos também que há uma maior procura pela escola e que segundo esses pais relatam que muito bem se tem falado em relação ao compromisso de todos que compõe a referida unidade de ensino. Ressalto ainda que mesmo com tanto esforço de todos que fazem a referida unidade de ensino, sentimos e muito com o descaso por parte dos sistemas de ensino que muito poderia fazer no sentido de propiciar esses momentos tão importantes para a construção de saberes críticos e renovadores.  Mesmo assim não podemos parar; vejo que realmente toda mudança só acontecerá se arregaçarmos as mangas (nos profissionais de educação da própria escola) e lutarmos contra todas as barreiras que possam surgir. Principalmente as barreira imposta pelo sistema dominante. 

Perspectiva de cidadania desenvolvida pela escola atual.

          Rever suas práticas pedagógicas no sentido que possa favorecer a prática da cidadania no espaço escolar é o que mais desejamos, porém temos que compreender as adversidades que temos que enfrentar. Primeiro temos que buscar refletir sobre as condições em que estão os nossos profissionais de educação e alunos. Os professores estão sendo valorizados? Os alunos também?  O poder público tem se preocupado com essa clientela dentro mesmo dos espaços escolares?  Compreender a questão da cidadania desenvolvida pela escola requer antes de tudo entender que todos os segmentos da escola precisam ter esse direito. Se nossos docentes estão constantemente sofrendo um processo de rotulação e exclusão, imaginem nossos alunos; o que estão passando? Promover uma proposta de resgate da cidadania para todos, principalmente para nossos alunos requer, antes de tudo, muita vontade política e, dentro desses espaços, muita vontade dos docentes, mesmo com tantas dificuldades. Muitas de nossas crianças já têm superado várias dificuldades na vida e isso já os tornam vencedores. Como chegar agora em uma escola que possa lhes garantir um direito que é uma educação de qualidade e gratuita e, isso lhes é negado?É gratuita; é de qualidade?   Como entender que nesses espaços há vários segmentos que fazem parte da construção  do processo ensino aprendizagem e que tais segmentos são totalmente vítimas das chamadas políticas de educação que se apresentam quase sempre como excludentes? Mesmo assim, apesar de todas essas dificuldades acho que tudo está mesmo é no professor. É o único que pode fazer algo no sentido de garantir a cidadania na escola. Temos que depositar toda nossa esperança no professor. Para que isso aconteça deve ele (professor) estar bem preparado intelectualmente, emocionalmente e ser verdadeiramente capaz de promover essa necessidade tão buscada pelos sujeitos que é o direito de cidadania. Temos que resgatar no professor uma postura que possa fazê-lo agir como sujeito da ação. Ação essa voltada para a transformação das realidades de descaso e exclusão. O professor tem sim um papel mais do que importante e é um dos que estão no espaço escolar a garantir o direito de cidadania, mesmo com tantas dificuldades. Favorecer sua auto-estima e mostrar a ele que pode e deve mudar essa realidade. Embora esse professor tenha sido desvalorizado, violentado, e marginalizado ao longo de uma história de um povo movido pelas desigualdades, deve ele, e agora já, tentar mudar sim essa realidade.
        As relações entre tais atores precisam não só de novas estratégias e uma delas é que se somem no sentido de garantir a cidadania nos espaços escolares no Brasil. Mas como garantir o direito de cidadania, tendo essas mesmas escolas à obrigação de se trabalhar propostas onde os conteúdos, os sistemas de avaliação, os livros didáticos são sempre impostos pelos “órgãos superiores” de educação que aceitam as imposições dos chamados neoliberais? A reforma do Estado na década de 90 foi um exemplo claro.

       



         Estabelecer uma nota como meio de avaliação de um determinado aluno é no mínimo desumano e irracional. O docente não tem culpa e não é responsável por tudo isso, mesmo porque é tão vítima quanto os próprios alunos. Entendo que buscar trabalhar a cidadania na escola é trabalhar com a verdade. Uma proposta pedagógica verdadeira e que esteja voltada para o desenvolvimento das leituras críticas e transformadoras; isso é sim cidadania. O professor é sim o único capaz de mudar essa realidade. Não deve querer jogar a responsabilidade para outro, pois o outro muitas vezes está totalmente indiferente ou inconsciente dessas realidades. Não adianta falar em reunião pedagógica, fazer avaliação diagnóstica, etc. Se o professor não o quiser não faz. O certo é que o docente use da prática e realizando a utilização da prática estará ele garantindo a efetivação da cidadania.  Não é admissível que neguemos a cidadania no espaço escolar dizendo “não posso” ou “não consigo” ou “não tentarei mais, pois já tentei de tudo e nada deu certo”. Nesse caso, alem de negar a cidadania estou me colocando como fracassado, ou seja, negando a cidadania para mim mesmo. Podemos no mínimo buscar construir um projeto político pedagógico que seja capaz de ser operacionalizado dentro das constantes reflexões. Sempre voltado para a prática; o fazer acontecer; não importa o que se tenha como barreira, mas que tenha a vontade de acertar, de fazer coisas simples, não precisa ser mirabolante, compromisso constante e respeito a si próprio. Isso é que tem que ser feito pelos profissionais de educação, pois é único meio de se mudar uma realidade de miséria e sofrimento dessas pessoas, principalmente em relação o não domínio dos saberes que tanto seriam úteis para suas mudanças de vidas para melhor. Garantir cidadania para escola não significa encher a escola de recursos materiais; não deixa de ser importante, mas o importante mesmo é estarem envolvidos no processo, todos os profissionais de educação (gestores, professores, coordenadores, pais e funcionários). Juntos no sentido de garantir uma cidadania verdadeira e real. 

Relações entre necessidade de disciplina e de liberdade do educando.

Buscar compreender tal relação é entender em primeiro lugar o que vem a ser disciplina e o que poderíamos considerar o que é liberdade. É bem verdade que hoje estamos sofrendo grandes transformações no mundo e que estão interferindo diretamente nas escolas. No Brasil não é diferente. O professor quando está realizando uma atividade ou várias atividades, busca não só manter a disciplina tendo também a preocupação de não privar da liberdade do aluno. Será que é assim, ou será que o docente não compreende ainda essa relação em disciplinar sem tirar a liberdade. Liberdade de criação, de construção, de expressão no meio escolar. Celso dos Santos dá ênfase aos obstáculos epistemológicos, ou seja, quando é analisada a posição dos educadores em relação ao problema disciplinar ,encontraremos certas representações mentais, incorporados mais ou menos fortemente, mais ou menos conscientemente, que podem funcionar como obstáculos epistemológicos e se não forem levados em conta, dificultarão muito a construção de novas perspectivas de ação dos educadores. São citadas por ele três perspectivas que nos parecem muito presentes. Apresenta o que vem a ser questão da espera da receita mágica. A situação anda tão difícil que muitos professores andam sonhando alguma solução mágica. Seria basicamente algo feito pelo outro quem quer que fosse, mas que traria resultados satisfatórios.  Ocorre também a idealização das alternativas. Na busca de superação de problemas, muitas vezes as alternativas encontradas tem forte carga de idealista, o que significa dizer que não leva em conta um conjunto de determinantes da realidade concreta. É claro que toda proposta que vise à superação tem uma carga de negação em relação à realidade atual, caso contrário não seria superadora. Segundo o autor muito tem se observado em achar que a falta de recursos tecnológicos ou não seria uma das necessidades capaz de resolver ou pelo menos ajudar a solucionar os atos de indisciplina no espaço escolar. Será? Foi observado também que na maioria das escolas particulares e também pública a coisa não aconteceu dessa forma, pois segundo ele, a novidade cai no desinteresse da mesma forma e não vem articulada a um novo projeto que é uma visão ingênua de colocar a solução dos problemas educativos na máquina.

       Sensação de não poder.  A sensação de não poder pode ser  hoje um dos maiores obstáculos epistemológicos a serem enfrentados . É impressionante como o professor acabou assimilando a ideia de que não tem forças ,de que não pode ,de que a solução dos problemas está fora dele. O professor tem uma posição ambígua. De um lado é justificado; não é com ele. E de outro lado se sente impotente. É verdade que temos observado no dia a dia do espaço escolar a questão da indisciplina e o que é pior: mentalizou que é totalmente incapaz de fazer qualquer intervenção que possa favorecer mudanças nos padrões de comportamento das pessoas.  Acho que o professor é sim o responsável direto para se resolver os conflitos existentes mesmo ele (professor) achando-se na condição de não poder mais fazer algo significativo. É necessário que o docente passe por uma formação que lhe dê condições de realizar não só a intervenção quando presenciar os atos de indisciplina, mas um trabalho de prevenção.
    Quem trabalha numa perspectiva de prevenção tem mais condições de atuar bem e melhor em sua área. Enquanto isso deve o professor entender também que trabalhar a disciplina é favorecer um espaço de liberdade. Deixar que o aluno desenvolva sua própria  expressão,mesmo que seja como meio de questionamento;mesmo que seja realizado uma postura de fazer a atividade diferente do que foi orientado ,mas que dê o resultado dos objetivos propostos. Infelizmente turmas numerosas ou não dá uma sensação quando estão em espaços confinados como é o caso da sala de aula e às vezes interfere nas estratégias de ação do professor. O professor tem que observar que a turma trás seus valores, seus anseios, suas próprias necessidades; sendo assim, há no referido espaço escolar uma luta constante entre eles querendo que suas idéias, seus modos de se apresentarem estejam sempre na mídia. É daí que podem surgir os conflitos entre os referidos alunos e o professor bem formado, compromissado, conscientes de suas responsabilidades, possa mediar tais conflitos com uma postura ética e profissional no ambiente escolar, canalizando assim os momentos para novas aprendizagens.  É claro que tudo pode acontecer no espaço escolar mesmo  desconsiderando a intervenção e acompanhamento da gestão, coordenação e seus familiares. Esses atores são importantes sim, mas o professor é quem deverá intervir diretamente.



Questões que norteiam a relação Escola x Violência x Disciplina.

Compreender as questões que norteiam a relação escola x violência disciplina, requer de todos nós um momento de reflexão pois a questão que se dá tais relações envolve não somente uma análise com a contribuição da pedagogia mas também o envolvimento das diversas áreas que possam favorecer significativamente no sentido de efetivar soluções que venham efetivar no espaço escolar um momento de construção de valores a fim de conscientizar a todos da necessidade de se viver em harmonia e coletivamente. Atualmente no mundo temos observado as diversas formas de violência ou atos de indisciplina e que a cada dia vem aumentando nos espaços internos da escola. O ambiente escolar por ser considerado um espaço de construção de saberes seus docentes e demais profissionais da educação  tem não só a responsabilidade de realizar tal missão ,bem como , favorecer mudança de comportamento que possa estar voltados para o respeito de um para com o outro ou uns para com os outros nos referidos espaços de aprendizagens. Infelizmente temos observado que as queixas são das mais variadas momento em que precisamos e com urgência buscar estabelecer no ambiente escolar estratégia de ação que possa pelo menos amenizar os conflitos existentes entre os segmentos escolares principalmente entre os alunos, embora estejam também incluídos os profissionais de educação, pais, responsáveis. Hoje temos observado que a escola reclama não só pela falta de políticas educacionais mais sérias que pudessem contribuir de forma significativa. Infelizmente, estamos presenciando o professor sem a mínima preocupação, pois relata que não sabe resolver tal conflito. Chegam a dizer também que é não de competência sua. Desconfiam da proposta pedagógica bem como de sua eficácia em relação às intervenções que poderia realizar dentro de cada momento. Dizem alguns professores que se sentem praticamente só e abandonado, embora a gestão ou coordenação tente fazer algo. Na maioria das vezes terminam por abandonar o problema e chegam até informar que isso não é uma questão pedagógica. Isso acontece com o profissional que se rendeu e aceitou o fracasso é claro. Sabendo a maioria que o problema  de disciplina é uma questão pedagógica, então como o professor pode contribuir satisfatoriamente no sentido de resolver os transtornos de comportamento que interferem diretamente na aprendizagem. Rever a formação dos profissionais de educação? Tentar conscientizar esses profissionais que algo pode ser feito e que só depende de sua vontade? O autor foi muito feliz quando retrata em sua discussão que o fazer do sujeito depende do querer e do poder, que se relacionam dialeticamente, já que, por exemplo, o não ver possibilidade acaba diminuindo o desejo de fazer. Segundo o autor, o poder tem uma base objetiva, que são as condições mínimas para a ação e uma base subjetiva, que é o saber fazer. Há também aqui uma relação entre essas dimensões, uma vez que a base objetiva pode ser alterada justamente pela ação consciente do homem,portanto orientada pela base subjetiva. É preciso assim que algo seja feito e que possibilite ao educador e demais profissionais de educação um a ação de resgate do próprio profissional como sujeito. Sujeito que tenha mais uma vez desejos, vontade de criar projetos educacionais que tragam documentos e que se materializem no espaço escolar. Uma proposta que consista é desconstruir mitos que funcionam como obstáculos epistemológicos. É  preciso que seja apontado caminhos ,alternativas ,que esteja ao seu alcance e não com medidas paliativas que por sinal, não constrói nada no processo ,só retarda os avanços. Identificar o que está acontecendo? Como compreender ou entender a questão da indisciplina escolar? Há algum fenômeno que possa ser explicado sobre a manifestação do problema? Tentando analisar o que está acontecendo, o autor fez reflexões sobre as mudanças decorrentes na escola, na sociedade e nas suas relações. Acha ele que parece difícil os professores darem-se conta dessa realidade. Será? Reforça que o espírito de acusação é muito forte no cotidiano escolar. É verdade? A ideia de disciplina está intimamente ligada a ideia de restrição, frustração, limites, proibição. Mas como restringirmos, interditarmos ou proibirmos que o sujeito faça algo que fere as normativas vigentes se na maioria das vezes ou quase sempre a atitude apresentada pelo professor é apresentada pela sociedade? Como querer proibir um aluno de utilizar um celular na sala de aula se a própria sociedade construiu esse valor de forma desgovernada e inconsciente? Como entender um profissional e educação atendendo um celular em sala de aula? Ou como entender um professor fumar em frente aos alunos? É preciso que tomemos consciência sobre o que está acontecendo. Não se admite tal realidade se todos, escola, sociedade, organizações públicas ou privadas estão passando por uma crise de valores. Valores que infelizmente estão voltados para o distanciamento do respeito ao espaço do outro. Valores que não busca o trabalho coletivo, as trocas de experiências, a mediação dos conflitos envolvendo a todos que deveriam estar engajados no processo. Sentimos que há aí uma crise geral não só de projetos mas também de sentidos para as coisas ,em nível mundial e nacional. Infelizmente há sim uma ideia ou várias idéias que dificultam esse entendimento e que só reforça a violência no meio em que vivemos. Lembramos só algumas: “gosto de levar vantagem em tudo certo”(Gerson ex-jogador da seleção) ; “ cada um pó si ,salve-se quem puder” . Tal postura está interferindo diretamente nos comportamentos das pessoas e principalmente no ambiente de aprendizagem. Temos observado nos alunos uma má vontade de estudar, pois acham que não tem sentido. Será que o mesmo está acontecendo com os docentes? Mesmo o docente atuando nos dois ou três turnos, não daria condições de voltar às leituras e as pesquisas? O autor foi muito feliz quando disse que estamos vivendo a queda do mito da ascensão social através da escola. É preciso que busquemos desconstruir o que foi criado ao longo de um processo histórico e busca acompanhar os “novos” avanços. Que avanços? Os Tecnológicos? Seria o caminho? Resolveria o problema? Claro que não. Todas as instituições sejam públicas ou privadas, a família, grupos religiosos, sindicatos etc. devem e com urgência buscar meios e fortalecer um processo de discussões que possam orientar novos horizontes, novas idéias, novas leituras que defendam sempre o fortalecimento do conceito de família, do conceito de saber, do conceito de política, de coletividade e de paz. Mesmo que estejamos sendo vítimas do sistema capitalista que busca desenfreadamente o lucro e não importa que as famílias estejam sendo destruídas, as escolas estejam frustrando ou  rotulando nossos alunos ,e que o pensamento crítico esteja sendo enterrado ;para ele neoliberais o que importa mesmo é o pode ; um poder selvagem que não mede as conseqüências em relação a desgraça da raça humana. Se assim acontece, então, temos que rever as questões que norteiam as relações entre escola ,violência e disciplina   de modo que possamos buscar novas reflexões que vá além das dependências internas das escolas e extrapolem as paredes indo além das entranhas e identificando os males desse modelo de sociedade movida pelo sentimento do capitalismo selvagem. É necessário que busquemos saber se tais políticas de educação são realmente capazes de mudar as realidades para melhor. É necessário que o Estado busque meios no sentido de se fortalecer contra todas as imposições do sistema, mesmo tendo a frente pessoas desses grupos controlando o Estado. Os colegiados devem sim estar unidos no sentido de lutar e transformar pelo menos as escolas, já que as demais instituições estão totalmente poluídas pelos vícios. Alguns acham que a indisciplina é transitória, também penso assim, seria uma etapa da conquista da ordem, cabendo ao professor ser o organizador e o facilitador.  O professor tem que entender que o caráter pedagógico da relação aluno /escola não pode ficar restrito ao campo educativo, sendo a educação decorrente das práticas sociais (imitação, participação, interação etc.) e ao campo pedagógico ou escolarização propriamente dita, que ocorre dentro da escola, voltada para o preparo de crianças e jovens para o desempenho de diferentes papéis na sociedade, de acordo com a cultura local, envolvendo conhecimento sistematizado e refletido.